Em 1843, Ada Lovelace dormia e acordava pensando em máquinas.
Ada trabalhava com o matemático Charles Babbage no desenvolvimento de uma super calculadora mecânica, que seria capaz de processar e resolver todo tipo de cálculo, porque nem matemático tem saco para fazer tanta conta no braço.
A Máquina Analítica alimentava-se de cartões perfurados, que continham os dados e instruções necessários para fazer os cálculos. Furo, não-furo. Simples assim. O mesmo sistema binário tinha acabado de revolucionar a indústria têxtil inglesa. Graças a um tal Jacquard, os teares passaram a ser mecânicos e automatizados, capazes de criar padrões intricados, belíssimos, com muito mais rapidez. Os cartões perfurados substituíam, em cada tear, o trabalho de dois tecelões.
Ada sonhava com números, com o som de cliques, com uma tapeçaria infinita de histórias, poesia e cores saindo de uma máquina de maravilhosas possibilidades.
Suas visões iam além do que Babbage idealizava. Calcular era pouco.