Gosto da companhia dos livros da Margaret Atwood porque ela é sincerona.
Não adoça o futuro, exagera o que a gente conhece. Não garante que o caminho diante de nós será tranquilo. Não mente sobre quem a gente é, nem esconde as coisas espantosas que somos capazes de fazer. Fez isso com O conto da aia. Tem sido assim com a minha leitura atual, Oryx e Crake.
Essa mulher é muito bruxona do fim do mundo, escreve um apocalipse como ninguém. Ela me leva para o futuro como se me chamasse para caminhar no bosque em um dia escuro. Meio assustador, mas se o medo não me distrair, até consigo ver beleza pelo caminho.