Experiência bem típica alemã é acumular garrafas vazias em um canto da casa. Elas ficam ali por dias, esperando, até que sejam o suficiente para encher uma sacolona. É o momento de levá-las ao mercado mais próximo, onde uma fila de pessoas, também com suas sacolonas, também cheias de garrafas vazias, esperam sua vez de enfiá-las uma a uma, também em fila, no buraco da máquina de Pfand. As garrafas plásticas de suco de laranja fazem um estalido de amassado gostoso quando deslizam para o interior da máquina. Essas valem vinte e cinco centavos. As latas de alumínio também são bem cotadas. As garrafas grossas e escuras de cerveja valem oito. Não muito, mas geralmente elas estão em maior quantidade. Nem todas se transformam em moedas, mas cada garrafa tem um lugar certo. Na rua, há contêineres para vidros de cada cor. Nunca sei onde descartar a garrafa do Pinot Grigio que costumo tomar. É verde, mas não o verde inquestionável da garrafa de azeite; é um verde-claro, quase transparente, e decido que isso é o suficiente para credenciá-la ao contêiner de vidros brancos.
© 2025 Aline Valek
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