Um dos maiores produtos de sucesso de start up brasileira é um livro sobre branding, que ensina pessoas a construírem a própria marca. A novidade é que agora eles têm uma versão para pessoas que não vendem nada, só querem brilhar nas redes. Viver tornou-se construir uma marca, ser uma empresa, transformar sua personalidade em produto e, talvez, faturar. Eu tô mais perdida que cego em tiroteio. - sobre o substack mana, será que tem outra plataforma? Ou ainda vale entrar nesse Titanic antes que bata no iceberg?
É uma doideira absoluta pessoas que não precisam vender nada se portar nas redes como marcas, ou arrumar algo que possam vender, nem que seja sua imagem, só porque está todo mundo fazendo. Sobre entrar ou não no Substack, o que eu sempre recomendo desde tempos imemoriais para quem escreve é: tenha seu próprio domínio. Você pode usar uma ou outra plataforma como ferramenta, claro, mas é importante lembrar que elas não passam disso. A partir do momento em que você pensa que sua casa é o Substack, ou que a sua base de fãs são os seguidores do Instagram, você tá perdida.
A questão é: a gente sai daqui, vai pra outro lugar e logo estamos de novo tendo que migrar para um canto menos inóspito. Cansei de apenas ser reativa em relação a regras que grandes empresários de mídia resolvem tirar da manga do nada.
Essa newsletter realmente carregou o ambiente, mas você avisou lá no começo. Vou voltar ali a ler a biografia do Fernando Pessoa escrita por Zenith pra reaver meus pensamentos.
Nada que desculpar-se. Você retirou a cortina da narrativa que nós empurram. Obrigado! E sua preocupação com o Substack, é a mesma de muitos outros autores que acompanho aqui já plataforma. E eu já vi gente publicando assuntos a lá Twitter. Same vibe and energy!
Sinto alívio quando leio textos assim, me sinto menos só nas minhas reflexões. O culto às celebridades é algo bizarro hoje, e o pior é que tudo parece tão submetido a essa lógica, tudo sobre uma pessoa vira um aspecto consumível. Gostaria de ver uma saída desse poço.
Eu até estive meio a fim de criar newsletter aqui no Substack qdo vi a reflexão do Ghedin. Resultado? Seguirei quietinha no meu canto, pelo menos por enquanto. Perder "relevância" dói um pouco, só que eu também sei que não tenho nenhum desejo de ser devorada.
Aline, eu estava lendo um artigo acadêmico de 1965 que citava uma pesquisa sobre os hábitos de leitura dos americanos nos anos 1960. A maior motivação para lerem - já naquela época - era estar por dentro do papo com os vizinhos. Fico pensando como nada mudou - só ganhamos mais vizinhos. Somos seres sociais - e essa busca de estar por dentro é mais natural que a gente imagina... A dureza é a exploração que é feita disso.
Essa edição bateu muito com umas coisas do Mark Fisher no Realismo Capitalista. Já leu?
No mais, precisamos mesmo de um substituto pro Twitter? Essa corrida aí pra nos manter conectados, ligados, atualizando TL vai muito no revés do ritmo de news pra mim. Ando cada vez mais em busca de quebrar o tempo (e outras coisitas)
Nossa, tanta coisa pra comentar que eu nem sei por onde começar! Mas, socorro, que eu não sabia que a Ni'jah tem álbum no Spotify. O Glover é genial demais!!!! Sobre o Substack, eu sinto o mesmo, e confesso que a chegada do Notes me trouxe uma ansiedade que as redes sociais me trazem. Por isso, eu decidi deixá-lo pra lá pra não mergulhar nessa rede, não apenas centralizadora, que me lembra tudo o que o Facebook (em especial) virou, dono de todos os quintais onde costumava passar meus dias.
Estou muito próximo de começar a mandar cartas físicas pelos correios
Eu mando faz anos. Indico demais.
Um dos maiores produtos de sucesso de start up brasileira é um livro sobre branding, que ensina pessoas a construírem a própria marca. A novidade é que agora eles têm uma versão para pessoas que não vendem nada, só querem brilhar nas redes. Viver tornou-se construir uma marca, ser uma empresa, transformar sua personalidade em produto e, talvez, faturar. Eu tô mais perdida que cego em tiroteio. - sobre o substack mana, será que tem outra plataforma? Ou ainda vale entrar nesse Titanic antes que bata no iceberg?
É uma doideira absoluta pessoas que não precisam vender nada se portar nas redes como marcas, ou arrumar algo que possam vender, nem que seja sua imagem, só porque está todo mundo fazendo. Sobre entrar ou não no Substack, o que eu sempre recomendo desde tempos imemoriais para quem escreve é: tenha seu próprio domínio. Você pode usar uma ou outra plataforma como ferramenta, claro, mas é importante lembrar que elas não passam disso. A partir do momento em que você pensa que sua casa é o Substack, ou que a sua base de fãs são os seguidores do Instagram, você tá perdida.
Valeu pela menção, Aline.
E eu, novo por aqui, também ando ressabiado com os caminhos do Substack.
É por essas e outras que tenho planejado sair daqui e ter uma newsletter pelo meu site, sabe? Menos refém dos caprichos desses moçoilos...
A questão é: a gente sai daqui, vai pra outro lugar e logo estamos de novo tendo que migrar para um canto menos inóspito. Cansei de apenas ser reativa em relação a regras que grandes empresários de mídia resolvem tirar da manga do nada.
Essa newsletter realmente carregou o ambiente, mas você avisou lá no começo. Vou voltar ali a ler a biografia do Fernando Pessoa escrita por Zenith pra reaver meus pensamentos.
Desculpa!
Nada que desculpar-se. Você retirou a cortina da narrativa que nós empurram. Obrigado! E sua preocupação com o Substack, é a mesma de muitos outros autores que acompanho aqui já plataforma. E eu já vi gente publicando assuntos a lá Twitter. Same vibe and energy!
Sinto alívio quando leio textos assim, me sinto menos só nas minhas reflexões. O culto às celebridades é algo bizarro hoje, e o pior é que tudo parece tão submetido a essa lógica, tudo sobre uma pessoa vira um aspecto consumível. Gostaria de ver uma saída desse poço.
Quando todo mundo se devorar mutuamente em um grande banquete com vísceras derramadas sobre a mesa :)
Sensacional, como sempre, Aline!
Eu até estive meio a fim de criar newsletter aqui no Substack qdo vi a reflexão do Ghedin. Resultado? Seguirei quietinha no meu canto, pelo menos por enquanto. Perder "relevância" dói um pouco, só que eu também sei que não tenho nenhum desejo de ser devorada.
acabei de chegar no substack e já tô saindo...
Aline, eu estava lendo um artigo acadêmico de 1965 que citava uma pesquisa sobre os hábitos de leitura dos americanos nos anos 1960. A maior motivação para lerem - já naquela época - era estar por dentro do papo com os vizinhos. Fico pensando como nada mudou - só ganhamos mais vizinhos. Somos seres sociais - e essa busca de estar por dentro é mais natural que a gente imagina... A dureza é a exploração que é feita disso.
Essa edição bateu muito com umas coisas do Mark Fisher no Realismo Capitalista. Já leu?
No mais, precisamos mesmo de um substituto pro Twitter? Essa corrida aí pra nos manter conectados, ligados, atualizando TL vai muito no revés do ritmo de news pra mim. Ando cada vez mais em busca de quebrar o tempo (e outras coisitas)
Obrigada pela troca e pelas news longas sempre 💙
Nossa, tanta coisa pra comentar que eu nem sei por onde começar! Mas, socorro, que eu não sabia que a Ni'jah tem álbum no Spotify. O Glover é genial demais!!!! Sobre o Substack, eu sinto o mesmo, e confesso que a chegada do Notes me trouxe uma ansiedade que as redes sociais me trazem. Por isso, eu decidi deixá-lo pra lá pra não mergulhar nessa rede, não apenas centralizadora, que me lembra tudo o que o Facebook (em especial) virou, dono de todos os quintais onde costumava passar meus dias.
Já quero muito ver
Nem sei o que dizer sobre tanta canibalidade. O que sinto é cansaço de pensar alternativas...