Quando alguém passava na frente da esfinge, mulher metade leão metade charadista, precisava responder ao enigma que ela lançava ou era estraçalhado. Muitos tentavam, muitos ficavam sem ter o que dizer, todos acabavam tendo seus ossinhos usados como palitos de dentes.
Ninguém conseguia decifrar o enigma: O que pela manhã anda sobre quatro pernas, à tarde sobre duas e à noite sobre três? Até que Édipo deu a letra: é gente. Pela infância, engatinha, na vida adulta anda sobre as duas pernas e na velhice se apoia na bengala. A esfinge não teve outra opção a não ser se lançar num precipício depois que geral percebeu: que charada besta!