Como uma pessoa que trabalha com o digital, fui lendo essa edição e já entrando em colapso. "Será que sou demitida se tiver isso? Minha mudança pra praia nunca mais vai rolar se a Internet parar?".
Daí vem a citação ao Andre 3000 e minha cabeça simplesmente bugou. O coração até ficou quentinho ao saber dessa história. É incrível como a gente se adapta e se reinventa!
No excelente livro "Família Mandible", da Lionel Shriver, o começo do fim (pelo menos dos Estados Unidos) se dá com uma queda de 4 dias da Internet. 4 dias! Só four fuking days. Milhares de acidentes porque os semáforos ficam doidos. Exames não são feitos. Compras não são processadas. Bancos de dados do governo são zerados e informações bancárias também. Sem cartão de crédito, sem pix, sem caixa eletrônico, quem consegue hoje em dia comprar um pacote de bolacha na esquina?! O caos completo se instaura. Quando li a notícia da tempestade solar, fui direto para a distopia do livro. Pelo visto, melhor baixar logo um manual de jardinagem. Vou ter que aprender a plantar meu próprio alimento, já que pra caça estou fora de forma. 😩
isso só me faz pensar em algo que escutei há tempos e cada vez mais acredito: o futuro se parece muito mais com o passado do que o futuro que imaginamos nas ficções científicas. realmente tem algo aí sobre resgatar os saberes ancestrais e retornar ao básico. e confesso que essa ideia me conforta.
Sempre que recebo o e-mail do dia da Terra, eu penso que poderia ser bom dar um apagão em tudo que precisa de energia pra dar um descanso pra gente. Imagina 24 horas o mundo todo off-line?
Num primeiro momento essa notícia só me deu alívio. O que de fato mostra como a interação pelas redes tá triste. Mas ao pensar que todos os sistemas estão conectados a internet, como pagamento de salário, abastecimento de comida nos mercados, bando de dados de hospitais... Me desesperei um pouco.
Mas sim, sonhei muito com um mundo nos anos 90 onde tínhamos caderno com telefones, ligamos para conversar com as pessoas e lemos muitos livros.
Penso que surtamos com o disruptivo - telégrafo, internet, emergência climática, tempestade solar - porque somos profundamente adaptativos até nos acostumarmos com o que nos adaptamos. Aí vem dor. Nova adaptação, mas até certo limite. Fica a dúvida sobre quanto é esse limite. Seja subjetivo. Seja do sistema que rege nossas vidas.
Eu, de verdade, fiquei intrigado e interessado com essa possibilidade da tempestade. Egoísmo meuz com certeza, porque consigo imaginar centenas de funções e cenários em que muito sofrimento pode surgir dessa interrupção da internet. Ainda assim... me diz se há algum contexto em que a expressão "sair da zona de conforto" se aplica tão bem?
Se serve de consolo, eu comprei suas zines na época, e tentaria dar um jeito de comprar as novas =)
Nós sobrevivemos a outros apocalipses antes. Vamos sobreviver a mais esse. Vai ser louco, perigoso, esquisito e fora da curva, mas vamos sair dessa. >> O desespero é o pior dos conselheiros, alguém famoso disse. Então bora fazer as pazes com a loucura. >> Tô mais calma que a maioria, porque meus avós tem sítio e comida nasce do chão. Sou privilegiada. Não vai faltar mandioca, banana e ovo no meu prato. Quem dera, Meu Deus, que não faltasse no prato de mais ninguém nesse mundo.
Não me preocupa, ainda, a possibilidade do retorno, mesmo que forçado, à vida analógica. Espero estar preparado para tanto (arquivos baixados da nuvem e outras ações preventivas...). Será um desafio e tanto se isso ocorrer!
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O que fazer quando um rapper retorna à “flauta primordial” e faz um disco com uma hora e vinte e sete minutos?
Ouvi com prazer. Parece estimular a criatividade (a se confirmar!).
Som dos bons. A gente viaja sem roteiro pré-definido. Suas músicas abrem passagem para fazermos nosso próprio enredo…
Você disse, no título desta postagem, que “Vai acabar em Sol”. Não acho! André “Deu Ré e voltou às origens primevas”. Vou com ele!!
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Ah, vou aproveitar para me aperfeiçoar no violão. :)
Sempre dá pra mudar de direção... será? Eu tenho a sensação que a gente constrói novas camadas em cima do que já existe. Mesmo que seja radicalmente diferente (e, confesso, invejo a capacidade de desenhar...)
melhor do que acabar em ré né? Ás vezes eu sonho com esse apocalipse digital pensando que as coisas vao ser como antes, mas nunca serão. Só vai mesmo piorar tudo e ainda nesse calor dos 600.
E eu fiquei imensamente feliz de ver meu singelo ebook aqui na sua news. Espero que goste, é curtinho e vc poderá contar mais um na sua lista de leituras do ano e performar melhor no que tange a produtividade de livros anos
Como uma pessoa que trabalha com o digital, fui lendo essa edição e já entrando em colapso. "Será que sou demitida se tiver isso? Minha mudança pra praia nunca mais vai rolar se a Internet parar?".
Daí vem a citação ao Andre 3000 e minha cabeça simplesmente bugou. O coração até ficou quentinho ao saber dessa história. É incrível como a gente se adapta e se reinventa!
Obrigada por essa edição! ❤️
Basta uma flautinha e a gente esquece do fim iminente! Eis aí a arte cumprindo seu papel, rs
No excelente livro "Família Mandible", da Lionel Shriver, o começo do fim (pelo menos dos Estados Unidos) se dá com uma queda de 4 dias da Internet. 4 dias! Só four fuking days. Milhares de acidentes porque os semáforos ficam doidos. Exames não são feitos. Compras não são processadas. Bancos de dados do governo são zerados e informações bancárias também. Sem cartão de crédito, sem pix, sem caixa eletrônico, quem consegue hoje em dia comprar um pacote de bolacha na esquina?! O caos completo se instaura. Quando li a notícia da tempestade solar, fui direto para a distopia do livro. Pelo visto, melhor baixar logo um manual de jardinagem. Vou ter que aprender a plantar meu próprio alimento, já que pra caça estou fora de forma. 😩
Melhor procurar um manual de jardinagem impresso, vai que acaba a eletricidade também!!
isso só me faz pensar em algo que escutei há tempos e cada vez mais acredito: o futuro se parece muito mais com o passado do que o futuro que imaginamos nas ficções científicas. realmente tem algo aí sobre resgatar os saberes ancestrais e retornar ao básico. e confesso que essa ideia me conforta.
SIM! As histórias que escrevo que se passam no futuro distante tomam bem esse caminho
eu sei que o tom era de tragédia, mas eu dei boas risadas.
Missão cumprida!
Sempre que recebo o e-mail do dia da Terra, eu penso que poderia ser bom dar um apagão em tudo que precisa de energia pra dar um descanso pra gente. Imagina 24 horas o mundo todo off-line?
Que ninguém precise de hospital nessas 24 horas...
Mantemos os hospitais funcionando.
Num primeiro momento essa notícia só me deu alívio. O que de fato mostra como a interação pelas redes tá triste. Mas ao pensar que todos os sistemas estão conectados a internet, como pagamento de salário, abastecimento de comida nos mercados, bando de dados de hospitais... Me desesperei um pouco.
Mas sim, sonhei muito com um mundo nos anos 90 onde tínhamos caderno com telefones, ligamos para conversar com as pessoas e lemos muitos livros.
Ler mais livros: primeiro e único item do meu plano caso isso acontecer
Penso que surtamos com o disruptivo - telégrafo, internet, emergência climática, tempestade solar - porque somos profundamente adaptativos até nos acostumarmos com o que nos adaptamos. Aí vem dor. Nova adaptação, mas até certo limite. Fica a dúvida sobre quanto é esse limite. Seja subjetivo. Seja do sistema que rege nossas vidas.
Eu, de verdade, fiquei intrigado e interessado com essa possibilidade da tempestade. Egoísmo meuz com certeza, porque consigo imaginar centenas de funções e cenários em que muito sofrimento pode surgir dessa interrupção da internet. Ainda assim... me diz se há algum contexto em que a expressão "sair da zona de conforto" se aplica tão bem?
Se serve de consolo, eu comprei suas zines na época, e tentaria dar um jeito de comprar as novas =)
Seria um ótimo pretexto para eu voltar a colar selos em envelopes!
Você é demais, só isso a dizer! <3
Desesperada demais <3
Tomara que dê pra ver a Aurora Boreal do Brasil, pelo menos.
Olha aí, tudo tem seu lado positivo, rs
Nós sobrevivemos a outros apocalipses antes. Vamos sobreviver a mais esse. Vai ser louco, perigoso, esquisito e fora da curva, mas vamos sair dessa. >> O desespero é o pior dos conselheiros, alguém famoso disse. Então bora fazer as pazes com a loucura. >> Tô mais calma que a maioria, porque meus avós tem sítio e comida nasce do chão. Sou privilegiada. Não vai faltar mandioca, banana e ovo no meu prato. Quem dera, Meu Deus, que não faltasse no prato de mais ninguém nesse mundo.
Não me preocupa, ainda, a possibilidade do retorno, mesmo que forçado, à vida analógica. Espero estar preparado para tanto (arquivos baixados da nuvem e outras ações preventivas...). Será um desafio e tanto se isso ocorrer!
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O que fazer quando um rapper retorna à “flauta primordial” e faz um disco com uma hora e vinte e sete minutos?
Ouvi com prazer. Parece estimular a criatividade (a se confirmar!).
Som dos bons. A gente viaja sem roteiro pré-definido. Suas músicas abrem passagem para fazermos nosso próprio enredo…
Você disse, no título desta postagem, que “Vai acabar em Sol”. Não acho! André “Deu Ré e voltou às origens primevas”. Vou com ele!!
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Ah, vou aproveitar para me aperfeiçoar no violão. :)
Hahahaha amando os trocadilhos musicais que esse título suscitou!
Sempre dá pra mudar de direção... será? Eu tenho a sensação que a gente constrói novas camadas em cima do que já existe. Mesmo que seja radicalmente diferente (e, confesso, invejo a capacidade de desenhar...)
Acho que não tenho pensado o suficiente nisso, mas me dá uma preguiça imensa ter de reaprender a viver do zero. Sei nem como é
Vai dar tudo certo!
Antes devem ter outras catástrofes naturais e guerras para que a gente vá criando resiliência para viver sem o digital! Rsrs
melhor do que acabar em ré né? Ás vezes eu sonho com esse apocalipse digital pensando que as coisas vao ser como antes, mas nunca serão. Só vai mesmo piorar tudo e ainda nesse calor dos 600.
E eu fiquei imensamente feliz de ver meu singelo ebook aqui na sua news. Espero que goste, é curtinho e vc poderá contar mais um na sua lista de leituras do ano e performar melhor no que tange a produtividade de livros anos