as vezes, tenho essa sensação de não poder fugir de certas decisões, como se eu já soubesse o que vou fazer antes mesmo de decidir fazer. sinto que Sartre discordaria de freud, e apesar de amar o existencialista, a ideia de freud parece fazer mais sentido do que a "liberdade de escolha" de Sartre.
Desde criança brincamos em casa sobre o livre-arbítrio ser uma regra somente deste universo. O que impede outros universos de serem regidos por regras totalmente diferentes, assim como provavelmente acontece com os elementos? Se Frank Herbert pode fazer uma minhoca com dentes andar debaixo da areia sem contar com as leis da gravidade ou explicar como (e do que) ela se alimenta, na minha cabeça existe um universo onde as pessoas só agem de acordo com o que elas nasceram para fazer. Eduardo Spohr brinca com esse conceito com relação aos querubins (e demais classes angélicas, creio) no livro "A Batalha do Apocalipse". Alan Kardec pira.
Não porque me chamo Jéssica, mas esse texto me pegou. Porque venho pensando muito sobre o tema e sobre como me responsabilizar e escolher melhor, mesmo que meu desejo sempre me leve pra ciladas irresistíveis. Então quando li esse texto parecia o Universo dizendo: "Tó pra você". Coincidências assustadoras. Isso me faz ficar ainda mais confusa... que tipo de livre arbítrio é esse? Adianta eu ficar aqui querendo controlar tudo e me cobrando tanto?
Tem um livro chamado o Andar do bêbado que fala um pouco sobre isso. Resume dizendo que o próximo passo da nossa vida é tão previsível quanto o andar de um bêbado, ou seja, livre arbítrio coisa nenhuma. A real é que nossa vida e nossas escolhas são feitas de acaso, mas a gente gosta de achar que não.
então, livre arbítrio existe e se chama tempo de fazer a travessia, quando entendemos que não temos controle quase nenhum sobre quase nada, mas tem um entre aí nos quases que nos permite dar a mão para algo muito misterioso em nós e seguir até as coisas se dissiparem nas névoas do cotidiano.
Realmente , livre arbítrio é uma piada !!! Se existe em ações ou pequenas tarefa que executamos ou julgamento de que realmente fazemos nossas escolhas é muito fluido !!! Ótimo seu texto.. abraços
ÂNCORA
~
Será que eu me engano
pensando ser 'dono de mim'?
~
Tenho sérias dúvidas de que
não seja mesmo assim!
~
Talvez meu senso de dever me
faça crer que posso decidir, escolher.
~
E tenho escolhido não repetir velhos erros
só de birra, pra ver o que possa acontecer...
~
Dirigir-se cansa, por exigir que fiquemos
atentos, pensando no próximos passo a dar.
~
Impregnados de princípios e valores
talvez seja mais sereno nos deixar guiar.
~
João é um cara bacana, Aline sempre faz o bem
Renata sonha, luta, realiza e nada a detém
~
Tiago vacila por não pensar logo adiante
Suzana quebrou a bússola e diz
ter se tornado errante...
~
Ser 'dono de mim' teria a ver com cultivo,
com pomar, horta, com fazer jardim?
~
Eu seria uma ilha, um continente ou
terras a conquistar num mundo
desconhecido até de mim?
~
Teimosamente evito repetir erros
para ver no que vai dar...
~
E tenho criado ferramentas finas
de calibragem para tudo ajustar.
~
Ah, eu vivo cada instante intensamente,
livre, sem ter com o que me preocupar...
~
Abel Sidney
9mar2024
a gente não controla quase nada, mas precisa se convencer do contrário para não pirar com a aleatoriedade da vida.
as vezes, tenho essa sensação de não poder fugir de certas decisões, como se eu já soubesse o que vou fazer antes mesmo de decidir fazer. sinto que Sartre discordaria de freud, e apesar de amar o existencialista, a ideia de freud parece fazer mais sentido do que a "liberdade de escolha" de Sartre.
Desde criança brincamos em casa sobre o livre-arbítrio ser uma regra somente deste universo. O que impede outros universos de serem regidos por regras totalmente diferentes, assim como provavelmente acontece com os elementos? Se Frank Herbert pode fazer uma minhoca com dentes andar debaixo da areia sem contar com as leis da gravidade ou explicar como (e do que) ela se alimenta, na minha cabeça existe um universo onde as pessoas só agem de acordo com o que elas nasceram para fazer. Eduardo Spohr brinca com esse conceito com relação aos querubins (e demais classes angélicas, creio) no livro "A Batalha do Apocalipse". Alan Kardec pira.
Não porque me chamo Jéssica, mas esse texto me pegou. Porque venho pensando muito sobre o tema e sobre como me responsabilizar e escolher melhor, mesmo que meu desejo sempre me leve pra ciladas irresistíveis. Então quando li esse texto parecia o Universo dizendo: "Tó pra você". Coincidências assustadoras. Isso me faz ficar ainda mais confusa... que tipo de livre arbítrio é esse? Adianta eu ficar aqui querendo controlar tudo e me cobrando tanto?
Tem um livro chamado o Andar do bêbado que fala um pouco sobre isso. Resume dizendo que o próximo passo da nossa vida é tão previsível quanto o andar de um bêbado, ou seja, livre arbítrio coisa nenhuma. A real é que nossa vida e nossas escolhas são feitas de acaso, mas a gente gosta de achar que não.
como já dizia a antiga sabedoria do milênio digital: "não sei o que dizer, apenas sentir"
eu senti daqui esse texto de um jeito que olha
então, livre arbítrio existe e se chama tempo de fazer a travessia, quando entendemos que não temos controle quase nenhum sobre quase nada, mas tem um entre aí nos quases que nos permite dar a mão para algo muito misterioso em nós e seguir até as coisas se dissiparem nas névoas do cotidiano.
Realmente , livre arbítrio é uma piada !!! Se existe em ações ou pequenas tarefa que executamos ou julgamento de que realmente fazemos nossas escolhas é muito fluido !!! Ótimo seu texto.. abraços
Obrigado pelas palavras e pela crítica do Pobres criaturas que também achei bem raso.
A última newsletter me lembro do trabalho de Durkheim na sociologia sobre o fato social.
Vou até começar a desenhar águas vivas, tendência demais