Que news perfeitaaaaa! Traduziu exatamente tudo o que tenho sentido nesse início de PhD e mudança pra um novo país (mudei pra Austrália faz um mês pra começar meu PhD).
Obrigada por esse texto! Namoro um americano há 1 ano e me relacionar com ele tem essa mesma sensação que você apresentou: chegar no miolo - seja do sentimento, do conflito, da solução. É bom demais navegar entre dois mundos e no meio do caminho descobrir as Marianas que existem em mim, e como dou novos significados a tudo o que (sei) que existe.
Estou tentando aprender holandês há 7 anos, o tempo que moro na Holanda, e me identifiquei muito com o seu texto porque sinto que mesmo que eu more aqui por anos e mais anos, eu nunca vou aprender essa língua. Tem o fato também de que os holandeses esperam que você fale a língua, mas quando percebem que seu vocabulário e pronúncia são limitados, mudam logo pro inglês. Então eu já desisti várias vezes de aprender e sempre volto pro mesmo nível. É frustrante.
Mas me interessa muito essa ideia de escrever e falar sobre o lugar de onde a gente vem numa língua diferente da nossa. Porque tem uma certa distância, né?
No livro A Estrangeira da escritora italiana Claudia Durastanti, ela fala que alguns conhecidos dela preferem fazer terapia em inglês em vez de italiano porque permite uma concisão que “dá a eles a impressão de se concentrar num ponto, enquanto sentem que o domínio do italiano pode levá-los a ocultar-se atrás de movimentos barrocos e perífrases, e se torna tudo uma experiência narrativa.”
Eu mesma nunca tentei fazer em outra língua, mas fiquei com isso na cabeça.
Que a gente consiga aprender esses idiomas nada convidativos!
Maíra, desculpa chegar do nada no seu comentário. mas só queria dizer que moro há 7 anos na Suécia e passo pela mesma questão que vc passa com o holandês. tenho a impressão que Aline vai desenrolar mais o alemão do que a gente desenrola a língua de onde moramos, pq na Alemanha as pessoas parecem dar aquela forçadinha que faz toda a diferença.
estou morando em buenos aires pouco mais de 2 meses e aprender um novo idioma, tão próximo do português porém tão diferente ao mesmo tempo, tem levantando essas mesmas dúvidas. será que sou burra? é muita cobrança mesmo e ler sua newsletter hoje, foi como um lembrete (não sou burra e nem você tá) e abraço ao mesmo tempo (morar distante da nossa zona de conforto é ficar feliz com tudo o que toca lá no fundo). obrigada, aline ❤️✨
Belíssimo texto, Aline. Suas experiências são muito envolventes. A gente vai junto, te acompanha, se diverte e aprende.
Nas escolas pude viver a curiosidade infantil sobre o escritor, sua vida, seus escritos. Criança tem pouco filtro (ainda bem!). Este teu trecho (perguntar (...) o que parece óbvio (...) é sempre abrir espaço para alguém poder redescobrir quem é) faz todo sentido junto a este público. Adulto é mesmo gente do "já pretensamente sabido". Uns chatos, muitas vezes.
Aproveitando o gancho da aula do Christian Dunker, confio demais no inconsciente e na intuição. Por isso me meto até a fazer palestras de improviso por saber que em algum canto eu posso buscar e encontrar o que já aprendi sobre... Nunca me atrapalhei com isso, pelo contrário. É comum eu me espantar por não saber que sabia ou por expressar uma opinião fora da perspectiva usual...
Desejo, então, que você se aventure a buscar em suas infindas reservas do sabido encoberto e não revelado, que tens aí dentro de você! É possível fazer isso escrevendo (faço isso para saber o que mais profundamente penso sobre algum assunto específico) ou ao vivo, o que exige domínio e desembaraço na prática de dar aula, fazer preleção, dar entrevista, etc. etc. Desembaraço pode ser sinônimo de cara-de-pau, de abusado... :)
Simplesmente amei esse texto de tantas maneiras. Tenho muito a sensação (acho que é bem comum) de que, quanto mais estudo, menos sei. E valorizo muito o não-saber, porque é essa curiosidade que impulsiona nossas buscas.
Semana passada viralizou o texto sobre a safra de escritores pretensamente geniais, e fiquei pensando no quanto é entendiante esse meio onde pessoas se incensam e se bastam. Depois de ser proclamado gênio, o que há? Tipo nada, acho. Prefiro ser desgenial e curtir meu work in process (aprendi ontem inclusive que é mais moderno falar de processo do que de progresso)
Ainda não tinha lido esse texto, obrigada por compartilhar. Ao mesmo tempo que a pessoa que escreveu disse muitas verdades sobre essas conspirações de marketing para fabricar gênios, fico me perguntando onde está a crítica para analisar e dialogar com obras de autores que não são "geniais", ou consagrados no meio literário? Será que críticos não se interessam pelo trabalho de autores que são work in progress? Ou é preciso estar morto para merecer ser olhado pela crítica? Porque mortos sim, é que estaremos completos, sem mais nada a aprender.
No momento, aprendendo a lidar com as minhas emoções sem medicação. Meu corpo grita em latim, eu tento acalma-lo em português, as lágrimas são francesas de tão dramáticas e o resultado é uma torre de Babel que não sabe pra onde vai. - te desejo força para amar o alemão, paciência para mergulhar no caos do novo livro e uma taça do teu vinho preferido nas noites mais difíceis. Abraços!
Oi, Aline! Esse texto me pegou numa fase que tenho confrontado bastante coisas que sei x não sei. Tô procurando emprego e tenho me deparado com o oceano de coisas não sabidas, mas tentando vender o peixe de que a ilha de conhecimento é maior. É um processo difícil, mas tem me permitido me olhar por outros ângulos.
Aline, que texto maravilhoso!! Sinto as mesmas sensações que você, ao estar nesse processo de aprender uma nova língua que junta palavras feito vagão de trem. Não se trata somente de vocabulário, mas do que a língua em si nos faz sentir: pertencer de fato no lugar que se vive. Obrigada por esse texto 💛
Aliás, que texto maravilhoso o mais recente da sua news! Ri muito com o "sei lá como se escreve"! Habitar essa intersecção de mundos é viver nessa eterna situação de sei lá, né? rs
To aprendendo a ser uma graduanda depois de vinte anos e tem sido uma jornada gostosa. Vou mandar esse texto pros meus colegas jovens, ele é uma boia no oceano dos começos, que dão medo e que são também maravilhosos. Beijo.
Que news perfeitaaaaa! Traduziu exatamente tudo o que tenho sentido nesse início de PhD e mudança pra um novo país (mudei pra Austrália faz um mês pra começar meu PhD).
Tô estudando muito devagar italiano, me senti representada com esse texto :)
Obrigada por esse texto! Namoro um americano há 1 ano e me relacionar com ele tem essa mesma sensação que você apresentou: chegar no miolo - seja do sentimento, do conflito, da solução. É bom demais navegar entre dois mundos e no meio do caminho descobrir as Marianas que existem em mim, e como dou novos significados a tudo o que (sei) que existe.
Estou tentando aprender holandês há 7 anos, o tempo que moro na Holanda, e me identifiquei muito com o seu texto porque sinto que mesmo que eu more aqui por anos e mais anos, eu nunca vou aprender essa língua. Tem o fato também de que os holandeses esperam que você fale a língua, mas quando percebem que seu vocabulário e pronúncia são limitados, mudam logo pro inglês. Então eu já desisti várias vezes de aprender e sempre volto pro mesmo nível. É frustrante.
Mas me interessa muito essa ideia de escrever e falar sobre o lugar de onde a gente vem numa língua diferente da nossa. Porque tem uma certa distância, né?
No livro A Estrangeira da escritora italiana Claudia Durastanti, ela fala que alguns conhecidos dela preferem fazer terapia em inglês em vez de italiano porque permite uma concisão que “dá a eles a impressão de se concentrar num ponto, enquanto sentem que o domínio do italiano pode levá-los a ocultar-se atrás de movimentos barrocos e perífrases, e se torna tudo uma experiência narrativa.”
Eu mesma nunca tentei fazer em outra língua, mas fiquei com isso na cabeça.
Que a gente consiga aprender esses idiomas nada convidativos!
Maíra, desculpa chegar do nada no seu comentário. mas só queria dizer que moro há 7 anos na Suécia e passo pela mesma questão que vc passa com o holandês. tenho a impressão que Aline vai desenrolar mais o alemão do que a gente desenrola a língua de onde moramos, pq na Alemanha as pessoas parecem dar aquela forçadinha que faz toda a diferença.
você diz: "aquela forçadinha".
eu leio: aquela xenofobia básica em que a galera sabe falar inglês mas manda um kein Englisch só pra te forçar a sofrer (been there suffered that).
Que bom que, pra mim, "nem todo Alemão".
Como diria Sócrates: só sei que nada sei.
"Paciência é tudo o que eu não tenho, especialmente quando estou nesse lugar pavoroso que é o meio do processo." Essa frase bateu forte aqui.
estou morando em buenos aires pouco mais de 2 meses e aprender um novo idioma, tão próximo do português porém tão diferente ao mesmo tempo, tem levantando essas mesmas dúvidas. será que sou burra? é muita cobrança mesmo e ler sua newsletter hoje, foi como um lembrete (não sou burra e nem você tá) e abraço ao mesmo tempo (morar distante da nossa zona de conforto é ficar feliz com tudo o que toca lá no fundo). obrigada, aline ❤️✨
Belíssimo texto, Aline. Suas experiências são muito envolventes. A gente vai junto, te acompanha, se diverte e aprende.
Nas escolas pude viver a curiosidade infantil sobre o escritor, sua vida, seus escritos. Criança tem pouco filtro (ainda bem!). Este teu trecho (perguntar (...) o que parece óbvio (...) é sempre abrir espaço para alguém poder redescobrir quem é) faz todo sentido junto a este público. Adulto é mesmo gente do "já pretensamente sabido". Uns chatos, muitas vezes.
Aproveitando o gancho da aula do Christian Dunker, confio demais no inconsciente e na intuição. Por isso me meto até a fazer palestras de improviso por saber que em algum canto eu posso buscar e encontrar o que já aprendi sobre... Nunca me atrapalhei com isso, pelo contrário. É comum eu me espantar por não saber que sabia ou por expressar uma opinião fora da perspectiva usual...
Desejo, então, que você se aventure a buscar em suas infindas reservas do sabido encoberto e não revelado, que tens aí dentro de você! É possível fazer isso escrevendo (faço isso para saber o que mais profundamente penso sobre algum assunto específico) ou ao vivo, o que exige domínio e desembaraço na prática de dar aula, fazer preleção, dar entrevista, etc. etc. Desembaraço pode ser sinônimo de cara-de-pau, de abusado... :)
Excelente texto
Simplesmente amei esse texto de tantas maneiras. Tenho muito a sensação (acho que é bem comum) de que, quanto mais estudo, menos sei. E valorizo muito o não-saber, porque é essa curiosidade que impulsiona nossas buscas.
Semana passada viralizou o texto sobre a safra de escritores pretensamente geniais, e fiquei pensando no quanto é entendiante esse meio onde pessoas se incensam e se bastam. Depois de ser proclamado gênio, o que há? Tipo nada, acho. Prefiro ser desgenial e curtir meu work in process (aprendi ontem inclusive que é mais moderno falar de processo do que de progresso)
E o texto dos pretensos gênios e o lugar do crítico era esse https://www1.folha.uol.com.br/amp/ilustrissima/2023/03/fabricacao-de-supostos-genios-desafia-atuacao-dos-criticos.shtml
Beijos e de novo: que textooooo
Ainda não tinha lido esse texto, obrigada por compartilhar. Ao mesmo tempo que a pessoa que escreveu disse muitas verdades sobre essas conspirações de marketing para fabricar gênios, fico me perguntando onde está a crítica para analisar e dialogar com obras de autores que não são "geniais", ou consagrados no meio literário? Será que críticos não se interessam pelo trabalho de autores que são work in progress? Ou é preciso estar morto para merecer ser olhado pela crítica? Porque mortos sim, é que estaremos completos, sem mais nada a aprender.
Beijos e obrigada por comentar!
Força Aline, vc está indo muito bem! Sair de zona de conforto é o primeiro passo e vc já deu, na verdade, uma bela caminhada!
No momento, aprendendo a lidar com as minhas emoções sem medicação. Meu corpo grita em latim, eu tento acalma-lo em português, as lágrimas são francesas de tão dramáticas e o resultado é uma torre de Babel que não sabe pra onde vai. - te desejo força para amar o alemão, paciência para mergulhar no caos do novo livro e uma taça do teu vinho preferido nas noites mais difíceis. Abraços!
Oi, Aline! Esse texto me pegou numa fase que tenho confrontado bastante coisas que sei x não sei. Tô procurando emprego e tenho me deparado com o oceano de coisas não sabidas, mas tentando vender o peixe de que a ilha de conhecimento é maior. É um processo difícil, mas tem me permitido me olhar por outros ângulos.
tem ilhas que viram continentes e essa linha de contato faz limite com mais de um oceano, né ❤️
o que estou aprendendo agora? a escrever um romance.
obrigada por esse texto, tava precisando.
Divirta-se desbravando mais esse oceano ;)
Aline, que texto maravilhoso!! Sinto as mesmas sensações que você, ao estar nesse processo de aprender uma nova língua que junta palavras feito vagão de trem. Não se trata somente de vocabulário, mas do que a língua em si nos faz sentir: pertencer de fato no lugar que se vive. Obrigada por esse texto 💛
Aliás, que texto maravilhoso o mais recente da sua news! Ri muito com o "sei lá como se escreve"! Habitar essa intersecção de mundos é viver nessa eterna situação de sei lá, né? rs
Aah que bom que gostou e se divertiu 💛
To aprendendo a ser uma graduanda depois de vinte anos e tem sido uma jornada gostosa. Vou mandar esse texto pros meus colegas jovens, ele é uma boia no oceano dos começos, que dão medo e que são também maravilhosos. Beijo.