“Tomaria um cafezinho comigo?” Foi a pergunta que usaram para abrir tuítes que traziam, logo abaixo, uma lista de informações pessoais que parecem cruciais para descrever a pessoa que perguntou: altura, signo, onde sente cócegas, nome da avó, que número calça, cor do cabelo, que tipo de mensagem gosta de ignorar. De alguma forma, importa saber tudo isso para decidir sua companhia para um café.
Acho que minha persona digital virou a da "não persona". Apaguei meu perfil pessoal do instagram, aquele em que seguia os amigos, mas tenho um, sem nome, em que sigo os criadores de conteúdo que gosto. Tentei apagar meu nome o máximo possível em históricos que apareciam em buscas pelo Google, quase uma tentativa de desaparecimento mesmo, que às vezes acho vir do meu extremo egocentrismo de não receber os olhares que gostaria, embora a desculpa que me dê seja fugir o máximo possível da vigilância digital e de como usam meus dados incessantemente pra me oferecer produtos que não quero ou preciso, mas que vou ficar tentada a comprar se eles me conhecerem bem demais (embora conheçam, claro). Ao mesmo tempo me inscrevo em pelo menos dois cursos de escrita por ano (estou fazendo o seu agora), embora nunca escreva nada por achar que 1. não tenho criatividade pra escrever de forma interessante (mas nunca pratico, como é que vou achar essa voz, né?) e 2. o mundo tá com vozes demais e talvez só usufruir das letras de outras pessoas criadoras me baste, ao invés de gerar mais dissonância. Mas pode ser só egocentrismo também, de novo. Rsrs.
Adoro seu trabalho e tô indo agora olhar o e-book. Bjos
Minha persona virtual parece uma tentativa desesperada de mostrar todos os meus aspectos numa plataforma tão rasa. Mostro minha faceta de psicóloga clínica no meu perfil profissional - a contragosto, percebi que é melhor separar a vida profissional do resto. Já nos meus perfis pessoais eu mostro tudo e nada ao mesmo tempo: selfies, memes, rotina de exercícios, livros, músicas, citações, looks, hobbies, tudo. Nos perfis pessoais me sinto mais eu mesma, mas ao mesmo tempo frustrada, parece que a internet é sempre muito rasa e não me permite mostrar tudo que eu quero.
Uma Palavra: Perdida na personagem
Acho que minha persona digital virou a da "não persona". Apaguei meu perfil pessoal do instagram, aquele em que seguia os amigos, mas tenho um, sem nome, em que sigo os criadores de conteúdo que gosto. Tentei apagar meu nome o máximo possível em históricos que apareciam em buscas pelo Google, quase uma tentativa de desaparecimento mesmo, que às vezes acho vir do meu extremo egocentrismo de não receber os olhares que gostaria, embora a desculpa que me dê seja fugir o máximo possível da vigilância digital e de como usam meus dados incessantemente pra me oferecer produtos que não quero ou preciso, mas que vou ficar tentada a comprar se eles me conhecerem bem demais (embora conheçam, claro). Ao mesmo tempo me inscrevo em pelo menos dois cursos de escrita por ano (estou fazendo o seu agora), embora nunca escreva nada por achar que 1. não tenho criatividade pra escrever de forma interessante (mas nunca pratico, como é que vou achar essa voz, né?) e 2. o mundo tá com vozes demais e talvez só usufruir das letras de outras pessoas criadoras me baste, ao invés de gerar mais dissonância. Mas pode ser só egocentrismo também, de novo. Rsrs.
Adoro seu trabalho e tô indo agora olhar o e-book. Bjos
Pensando se tomaria um cafezinho comigo mesma sem pensar "ai meu deus que menina chata"
Minha persona virtual parece uma tentativa desesperada de mostrar todos os meus aspectos numa plataforma tão rasa. Mostro minha faceta de psicóloga clínica no meu perfil profissional - a contragosto, percebi que é melhor separar a vida profissional do resto. Já nos meus perfis pessoais eu mostro tudo e nada ao mesmo tempo: selfies, memes, rotina de exercícios, livros, músicas, citações, looks, hobbies, tudo. Nos perfis pessoais me sinto mais eu mesma, mas ao mesmo tempo frustrada, parece que a internet é sempre muito rasa e não me permite mostrar tudo que eu quero.